EXPOSIÇÃO:

DISJUNÇÃO ESPACIAL

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Christiane Laclau

Fundadora da Artmotiv

Disjunção Espacial tem origem em uma obsessão de Maria Lynch por tubos, anéis, rodas e outras figuras geradas por movimentos circulares com as mãos. Sem um objetivo definido, a artista pintou essas formas continuamente, ao longo de 1 ano. Ao liberar-se de uma motivação pré-determinada e de um projeto racional, o gesto repetitivo tornou-se um ritmo próprio das suas mãos, do seu corpo, da sua respiração. 

Nessa dimensão experimental, Maria Lynch desdobrou as suas figuras e as expandiu. Na direção da infância e do lúdico, buscou o novo: matérias, texturas, cheiros, cores, espaços. A artista pulou das pinturas para a manipulação de tecidos, saiu dos quadros planos para o volume e começou a sentir que faria algo como um ser vivo. Sua obra nasce da parede, como uma ocupação macia. É um ser imenso de cores e curvas, revelado por inteiro pela artista, que nada esconde. Um ser divertido e alegre que chega quase a ter um ar de exibido. 

Se vemos sua obra sem dificuldade, pouco sabemos o que ela é. O jogo misterioso de Disjunção Espacial apresenta um movimento de mundos imaginados, no qual não cabe a certeza, nem a rigidez. Mas algo mais flexível e menos nomeado. Maria Lynch propõe uma convivência sensível com a tensão das cores do cetim e do algodão: que os sentidos do nosso corpo façam festa.

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